A arquitetura paramétrica centra-se em conceitos arquitetônicos de forma livre. Linhas extensas, curvas e formas irregulares dão a cada edifício um caráter. Esses designs podem parecer futuristas ou mesmo sobrenaturais.
Ela traz a ideia de que todos os elementos da arquitetura são interdependentes e adaptáveis, combinando complexidade e variedade. Possui uma inclinação para os processos algorítmicos e computadorizados, utilizando softwares para tornar possível sua criação.
O design paramétrico possui uma fabricação digital. Ou seja, através do uso de softwares, é realizado a volumetria, assim como os detalhamentos das peças, de forma automática. Isto facilita a identificação de atributos das peças, como por exemplo seus tamanhos e posições, tornando o processo de fabricação rápido e eficaz.
Os softwares mais utilizados são o Grasshopper, que possui integração com o Archicad, e o Dynamo, que possui integração com o Revit. Seu uso auxilia o processo de modelagem, tornando o modelo mais completo em termos de informações gráficas e não gráficas.
Outras tecnologias, como impressão 3D e corte a laser, também são usadas para poder testar a funcionalidade e a viabilidade das ideias projetuais.
O termo "parametricismo" foi cunhado por Patrik Schumacher, que era sócio da Zaha Hadid Architects na época, um escritório de arquitetura renomado que possui diversos exemplos deste tipo de arquitetura.
O Centro Heydar Aliyev da Zaha Hadid Arquitetos em Baku, Azerbaijan, foi construído em 2013 e é o centro cultural primário da nação. Formações elaboradas como ondulações, bifurcações, dobras e inflexões modificam a superfície desta praça em uma paisagem arquitetônica que desempenha uma infinidade de funções: acolher, abraçar e direcionar os visitantes por diferentes níveis do interior. Com este gesto, o edifício desfoca a diferenciação convencional entre objeto arquitetônico e paisagem urbana, envoltório do edifício e praça urbana, figura e fundo, interior e exterior.
Elbphilharmonie, a sala de concertos criada por Herzog e De Meuron, um escritório de arquitetura em Hamburgo na Alemanha, é uma obra criada a partir de algoritmos.
O auditório central parece quase orgânico—como um recife de coral monocromático e ondulado—mas trazê-lo à vida foi um feito tecnológico. Com base na geometria da sala, painéis tiveram formatos diferentes, alguns com ranhuras maiores e mais profundas para absorver os ecos, e outras mais rasas, como as superfícies do teto atrás do refletor e as partes superiores das balaustradas.
Independente dos requisitos acústicos, a pele tinha que parecer consistente em toda a sala para preservar a estética. Usando esses requisitos como parâmetros, foi desenvolvido um algoritmo que produziu 10.000 painéis.
Este é exatamente o poder do design paramétrico. Com os parâmetros definidos no software de escolha, em um clique as células são criadas, todas diferentes e baseadas nesses parâmetros, tornando possível e rápido seu processo de criação e fabricação.
Autora: Hannah Brandino
Nesse post falamos sobre o que são gêmeos digitais, desafios e cases
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